terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu tomo uma Coca-Cola ela pensa em casamento

Coca-Cola: o produto mais "cantado" do mundo

Você pode adorar Coca-Cola ou mesmo odiar o produto. O certo é que esta é uma marca que faz parte da vida de cada um, de um jeito ou de outro. Dezenas de letras de música citam o produto em seus versos - de Beatles a Amado Batista, de U2 a Roberto Carlos, de Julio Iglesias a Legião Urbana. Lulu Santos, por exemplo, revela nos versos de "Último Romântico" que "Faltava abandonar a velha escola/ Tomar o mundo feito Coca-Cola/ Fazer da minha vida sempre o meu passeio público/ E ao mesmo tempo fazer dela o meu caminho só...". Caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento, Caetano bebeu no gargalo: "Eu tomo uma Coca-Cola/ Ela pensa em casamento/ E uma canção me consola/ Eu vou" em sua "Alegria, Alegria" e também na parceria com Chico Buarque em "Você não entende nada": "Você traz a Coca-Cola, eu tomo/ Você bota a mesa, eu como, eu como, eu como, eu como, eu como você".




Os quatro rapazes de Liverpool - hoje reduzidos a dois senhores cheios de personalidade e talento - também beberam da fonte em "Come Together": "He wear no shoeshine he got toe-jam football/ He got monkey finger he shoot coca-cola/ He say "I know you, you know me" One thing I can tell you is you got to be free/ Come together right now over me". Falar da Legião Urbana sem citar que "Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola" seria um desperdício. "Vidas na contramão", do cantor romântico e brega Amado Batista, também fala do produto. E o que dizer de Daniela Mercury que bebeu duas garrafas?: "Itapuã ano 2000" e ainda regravou "Você não entende nada". Vai gostar de Coca-Cola assim lá no Elevador Lacerda!

Mas ainda tem o síndico carioca Tim Maia, o cearense Ednardo em "Dorothy Lamour", os gaúchos do Engenheiros do Hawaii em "Crônica" e Elis "pimentinha" Regina em "Conversando no bar". Sertanejo, MPB e Rock são representados, respectivamente, por Leandro e Leonardo em "Compadre comadre", Nara Leão em "Laranja da China" e Raul Seixas em "Teddy Boy, Rock e Brilhantina".

Até o extinto RPM dá os seus golinhos em "Revoluções por minuto". "Eu quero é mais" de Sandy e Junior e "Babi Índio" dos Titãs se enchem do gás do refrigerante. Pensa que acabou? Não. Tem ainda "Ron y Coca-Cola" com o feromônico - meninos eu vi - Julio Iglesias, "Right Track Wrong Train" com Cyndi Lauper, "Desecration Smile" com Red Hot Chili Peppers (na foto acima ao lado dos Beatles), "Billy Boola" com U2 e "Another Cold and Windy Day com os australianos do Bee Gees. É isso. Coca-Cola é que nem o Zagallo: "Vocês vão ter que me engolir!!!"


A briga entre o Alana e o Conar

Pela primeira vez, e de forma corajosa, alguém resolve questionar esse poder de polícia que o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) outorgou a si mesmo. O Instituto Alana - que se dedica às causas e efeitos do consumismo infanto-juvenil - denunciou que o conselho não serve mais ao que se propõe, ou seja, fiscalizar o mercado. Tudo começou quando o Alana questionou uma campanha do "McLanche Feliz Rio". Além da demora em atender à queixa, o Conar teria sido agressivo com o instituto, afirmando em seu relatório que o Alana odeia criancinhas e concluiu o texto com esta absurda declaração: "Cada vez mais crianças pedirão um brinquedo para o pai e este orgulhosamente dirá: 'Sim, eu posso. Queira ou não o Alana'."

Diante do que denuncia, o Alana não reconhece mais a legitimidade do Conar e revelou que continuará a apontar as irregularidades que encontrar a diversos órgãos, mas não mais a este que se propõe regular a publicidade.

Só para lembrar, há alguns meses o Conar proibiu a exibição dos comerciais da cerveja Devassa alegando o apelo sexual do filme no qual a atriz Paris Hilton exibia seus cambitos. Mas o conselho não fez o mesmo quando Juliana Paes mostrava muito mais que as pernas nos comerciais da cerveja Antarctica.

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