terça-feira, 22 de outubro de 2013

Refrigerante tradicional de Piracicaba - no interior de SP - resiste com preços baixos e charme retrô



Tubaína: gostinho de interior


Em 1913, o imigrante italiano Vicente Orlando criou em Piracicaba o que seria no futuro uma das bebidas mais tradicionais no interior do país: a Etubaína Orlando, que existe até hoje. “Meu avô começou com uma pequena fábrica de cervejas. Um ano depois ele partiu para o refrigerante e veio a gengibirra, que é um refrigerante local”, conta o neto, Renato Orlando.

O neto do fundador trabalha com os filhos Eduardo e Maria Elisa, quarta geração do Grupo Orlando. O memorial do pioneiro tem objetos de época, livros com contabilidade e receitas. Da década de 20 ficaram as essências de frutas importadas de Manchester, na Inglaterra.

Apesar de o consumo de refrigerantes ter crescido 24% nos últimos 15 anos, as grandes marcas se aproveitaram da força econômica para ganhar mais espaço. Hoje são donas de 90% do mercado nacional.
Com tantos interesses em jogo, os refrigerantes regionais se tornaram sobreviventes no mercado, com as exceções de praxe. A quase centenária Orlando comemora aumento de 15% nas vendas. Hoje a produção é terceirizada e a distribuição está sob controle da família.

O sabor mais doce e variado marca a diferença entre as tubaínas e os refrigerantes convencionais. E o segredo de cada fabricante esta na dosagem das essências.