segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

IBGE constata que brasileiro come mal

Prato de arroz e feijão cada vez mais raro

Beber refrigerante é um prazer que - assim como as bebidas alcoólicas e os charutos - se recomenda a moderação. Nada substitui um bom copo d'água, uma água de coco, um belo copo de suco de fruta natural. Mas, convenhamos, um refrigerante geladinho também tem o seu lugar. Tudo consumido com exagero faz mal: até comida e remédio. E por falar em comida, um levantamento da Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos no Brasil, feito por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o brasileiro está comendo muito mal.

Para se ter uma ideia, a compra de itens básicos, como arroz e feijão, caiu drasticamente. No período 2008-2009 em comparação com 2002-2003, a aquisição do feijão para consumo em casa caiu de 14,7 quilos anuais para 7,4 quilos (uma redução de 49%). Quando se fala do arroz, a situação é mais drástica: De 1975 a 2009, o produto teve redução de 60% na quantidade anual per capita adquirida - de 31,6 quilos para 12,6 quilos.

Já as frutas e verduras, que deveriam corresponder entre 9% e 12% das calorias diárias ingeridas, representam apenas 2,8%. O refrigerante de guaraná subiu de 1,3 quilos anuais para 6 quilos. Também aumentou a compra de refrigerante à base de cola (39,3%), água mineral (27,5%) e cerveja (23,2%). A pesquisa revela ainda que a região Sul tem a despensa mais farta. A compra anual per capita de carnes (35,7 quilos), laticínios (67,4 quilos), bebidas e infusões (64,1 quilos), hortaliças (38,6 quilos), frutas (36,5 quilos) e alimentos preparados e misturas industriais (4,8 quilos) está acima das médias nacionais e de outras regiões.


A capital nordestina do refrigerante


Uma pequena cidade no interior da Bahia, a 170 quilômetros de Salvador, está sendo considerada a capital do refrigerante no Nordeste. Com 158 mil habitantes, Alagoinhas transformou-se num novo polo industrial, com investimentos que somam cerca de R$ 642 milhões. Matéria sobre o assunto foi publicada no último dia 17 - também conhecido como "sexta passada" pela jornalista Lílian Cunha, do Valor.

Tudo começou em 97, quando a Schincariol instalou ali uma fábrica de cervejas e refrigerantes. Com a isenção de alguns impostos, a cidade está atraindo outras indústrias: além da recente ampliação da planta da Schincariol, a peruana San Miguel - conhecida por produzir bebidas para consumidores de baixa renda - e, ainda, a terceira unidade da fábrica de latas de alumínio Latapack-Ball também correram para lá.

Além dos incentivos fiscais, a cidade tem fontes de água mineral de ótima qualidade. Tomara que o olho das autoridades locais seja do tamanho certo para permitir o desenvolvimento e o enriquecimento da cidade, sem comprometer o meio ambiente e a qualidade de vida da população alagoinhense.

2 comentários:

  1. Conheço a cidade de Alagoinhas, inclusive gostei bastante, muito bonita, com lindas praças e bem arborizada, enfim tem tudo pra ser a melhor cidade da Bahia.

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  2. Oi Anônimo,
    muito obrigado pela informação. Tenho certeza de que outros leitores também estavam curiosos por saber mais sobre Alagoinhas. Grande abraço pra você e feliz 2011
    Claudio Carneiro

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