terça-feira, 12 de outubro de 2010

Produtos com nomes estranhos. Existem?



O pequeno detalhe que faz a grande diferença...


Deve ser muito difícil entrar no mercado brasileiro com um nome que cause estranheza aos nossos ouvidos. Uma importante instituição financeira alemã, por exemplo, jamais emplacou por aqui. Também, com o nome de Bundesbank, quantos clientes estariam dispostos à gozação? Certas marcas de automóvel devem sofrer para “emplacar” nomes mundiais como Picasso, Picanto e Chana. E, engraçado, a despeito do machismo brasileiro, ou talvez por causa dele, os dois primeiros foram absorvidos sem maiores problemas pelo consumidor. Mas, justamente a terceira – a chinesa – é a que mais rejeição tem. Nos anos 70, quem sofreu foi o Ford Pinto – que teve fraco desempenho por aqui. De vendas, quero dizer.

Para evitar transtornos desse tipo, a marca Sony – me disse certa vez o saudoso professor Valladão, de marketing da UFF - somente foi adotada pela Tokyo Tsushin Kogyo, do empresário Akio Morita, depois de um levantamento mundial. Os caras tomaram o cuidado de ver o significado de Sony em cada canto do planeta e em nenhum lugar o nome gerou qualquer desconforto, sendo adotado em seguida.

Quando virou notícia no mundo todo, o mafioso italiano Tommaso Buscetta trouxe problemas para os apresentadores de telejornais no Brasil. O jeito foi inventar o “Busqueta” embora a pronúncia fosse mesmo outra. E quando a seleção brasileira joga contra a do Peru? O locutor sofre: expressões como “não dá mole”, “endurece”, “cresceu no primeiro tempo mas se encolheu no segundo”, “tá jogando duro”, “joga pelas pontas”, “adotou a tática de penetrar pelo meio” são inevitáveis. Se vira, Galvão Bueno...


O Picanto da Kia coreana ao lado do americano Ford Pinto e o mafioso italiano

O atento amigo Marco Antonio – de Jundiaí – me sugeriu esta pauta. Ele descobriu no mercado japonês o chá pronto para beber, vendido em latas, da marca “Sokenbicha”. E ele alerta: “Esse nome é politicamente incorreto no Brasil!”. É mesmo, e em dose dupla.

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