terça-feira, 26 de outubro de 2010

Planeta Coke: em curto, médio e longo prazos


A estratégia da Coca-Cola para conquistar a Índia

A Índia é o lugar onde a Coca-Cola mais cresce no mundo. É um mercado estratégico. As afirmações são do VP de marketing da Índia e Oeste Asiático, o brasileiro Ricardo Fort. Há um ano, ele aceitou o desafio de deixar o Rio de Janeiro e o cargo de diretor de marketing Brasil para fazer um trabalho de estratégia do outro lado do mundo.

Em recente entrevista à Meio & Mensagem, o executivo destacou que este é considerado um mercado importantíssimo para as pretensões globais da empresa. Com 1,2 bilhão de habitantes, a Índia deverá tornar-se – segundo projeções - mais populosa que a China até 2030 - um mercado consumidor que não se pode subestimar. O desafio não é fácil: trata-se da população mais heterogênea do planeta, com acentuadas diferenças climáticas, geográficas, religiosas, sociais, culturais (189 idiomas) e demográficas.


No país, as marcas que lideram o mercado são Thums Up e Sprite. A Pepsi aparece com 13% e a Coca-Cola com 8% - mas deve-se considerar que a empresa se retirou do país por 16 anos – participação zero - por não concordar com exigências mercadológicas impostas em 1977 e somente revogadas em 1993. Ocorre que Thums Up e Sprite são do portfólio da Coca-Cola Company, o que dá mais de 50% do share naquele país. Em português claro: Os produtos Coca-Cola têm mais da metade do mercado.

Além da família, Ricardo Fort levou para o outro lado do mundo a experiência do mercado brasileiro – com algumas semelhanças e muitas diferenças do indiano. As estratégias para os próximos anos ele não confessa nem sob tortura mas revela que os jogadores de críquete e os astros de Bollywood são muito mais idolatrados que nossos craques de futebol ou nossas cantoras de axé. E que a publicidade até hoje feita com estes ídolos não é eficiente.

O território de trabalho de Fort inclui ainda Bangladesh, Butão, Ilhas Maldivas, Nepal e Sri Lanka.

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