segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sucos brasileiros: da laranja à cajuína


Laranja brasileira causa confusão nos EUA

Outro dia escrevemos aqui sobre a ameaça norte-americana de suspender as exportações brasileiras de suco de laranja pelo uso aqui de um fungicida proibido na terra de Barack Obama, o carbedazim. Nos últimos dias, a seriíssima Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) decidiu reter carregamentos de suco de laranja do Brasil e do Canadá que apresentaram sinais do defensivo agrícola.

Os testes apontaram presença do fungicida em níveis acima do permitido pelos EUA - de 10 ppb (partes por bilhão). A substância é empregada no Brasil para combater o fungo 'pinta-preta', muito comum em pomares de laranja.

A venda de suco de laranja brasileiro nos EUA é alvo de críticas de produtores americanos (concentrados no estado da Flórida) e já resultou em disputa comercial que levou ambos os países à Organização Mundial do Comércio (OMC).

A cajuína cristalina em Teresina...

A lindíssima letra de Caetano Veloso para a música “Cajuína” cita esta bebida, a mais popular do estado do Piauí e que acaba de ganhar uma versão orgânica. 400 fábricas naquele estado produzem quatro milhões de garrafas por ano do suco rico em nutrientes. A bebida não é um refrigerante, pois não tem gás. Do caju tudo se aproveita: a castanha é apreciada em todo o mundo.

Preparar a cajuína dá algum trabalho. As frutas são colocadas em um tanque. Uma solução de água clorada elimina fungos e bactérias. Na linha de produção, o caju é triturado e filtrado. Depois, é só encher as garrafas. Em um tacho, a cajuína chega ainda transparente. A temperatura da água é de cem graus. O calor carameliza a frutose - que é o açúcar da fruta. Depois de 150 minutos, a bebida fica amarela. E está pronta para o consumo. O processo inteiro de produção leva apenas seis horas. Isso garante uma cajuína com alto teor de vitamina C. O Blog do Refri ainda não experimentou a cajuína. Uma falha lastimável que iremos corrigir em breve.

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