segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Truques do marketing para fazer você gastar mais e consumir sempre


Conhecer os sinais pode ajudar o consumidor


Ao conjunto de ideias postas em prática para atingir determinado objetivo o ser humano globalizou a palavrinha em inglês “marketing”. A melhor e mais curta definição de marketing que ouvi foi “mercado em movimento”, do saudoso professor Valladão, do curso de Publicidade da UFF. O marketing contempla ações de promoção, publicidade, vendas, divulgação, assessoria de imprensa, gestão da informação, relações públicas, inteligência competitiva, responsabilidade social entre outras com estratégias para cada um dos diferentes segmentos de mercado. As fábricas de refrigerantes, por exemplo, gastam fortunas combinando estas ferramentas para conquistar fatias maiores do bolo ou, simplesmente, para garantir o seu pedaço.

Quando entra num shopping, num supermercado ou mesmo numa feira, o consumidor é bombardeado por uma série de sinais, muitos dos quais não consegue identificar. O Blog do Refri vai “ler” alguns deste artifícios. Por exemplo, alguém já viu um relógio num shopping center ou mesmo percebe quando anoitece? Dificilmente. O objetivo é que o consumidor ali permaneça o maior tempo possível e perca a noção do tempo. O chão também é muito liso para que andemos mais devagar. Sem pressa! Como o público masculino é menos afeito a bater perna e olhar vitrines, as lojas para estes consumidores – repare só – ficam sempre perto das entradas ou das escadas rolantes. Isso é estratégia. Já as consumidoras têm um espírito, digamos, mais desbravador e vão mais longe atrás daquele item ou desconto.

No supermercado, o açougue fica sempre no fundo para que o cliente percorra corredores e gôndolas e acabe comprando por impulso antes de chegar à carne. Preços de refrigerantes e cervejas costumam baixar no sábado. Isso impulsiona também a venda da carne para o churrascão da família. Nas gôndolas mais baixas estão os produtos mais atraentes para as crianças. O economista da FGV, André Braz, destaca que até nas feiras livres o consumidor recebe muitas mensagens mas nem sempre as percebe: “Ao entrar na feira observe o número de caixotes atrás das bancas. Quanto mais caixas maior será a oferta – preço melhor - porque o feirante tem mais estoque”. André alerta ainda: “O consumidor encontrará preços mais caros e menos ofertas nos supermercados nos primeiros dez dias do mês. É neste período que o trabalhador – que acabou de receber salário - tem mais dinheiro no bolso e, por isso, gasta mais”, conclui.
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Amanhã: Coca e Pepsi desbravam mercados na Ásia
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