quinta-feira, 29 de abril de 2010

Coca-Cola e Big Mac são indicadores econômicos


O mercado de refrigerantes é um importante termômetro do comportamento do consumidor. No Brasil, a empresa Nielsen municia as fabricantes e também o mercado com dados sobre o volume do consumo de refrigerantes. Os africanos compram 36 bilhões de garrafas de Coca-Cola por ano. Como o preço por lá é muito baixo — cerca de US$ 0,20 a US$ 0,30 a garrafa e as vendas são minuciosamente analisadas pela empresa - o refrigerante é um dos principais indicadores de estabilidade e prosperidade daquele continente. Na África desde 1928, a Coca-Cola afirma que é a maior empregadora do setor privado no continente. O sistema de distribuição da empresa emprega cerca de um milhão de africanos. Um estudo da Universidade da Carolina do Sul revelou que 1% da economia da África do Sul está ligada à distribuição e venda do refrigerante.

Criado pela revista The Economist, em 1986, o índice Big Mac serve para mostrar quais moedas estão mais ou menos valorizadas. O curioso indicador – calculado em mais de cem países - é baseado na teoria da paridade de compra deste produto, o sanduíche que é o carro-chefe da rede de lanchonetes mais popular do mundo. Segundo os números, a moeda mais valorizada em relação ao dólar é o dólar norueguês. Na Noruega, o preço de um Big Mac é de US$ 7, contra os US$ 1,83 da economia chinesa - que trabalha com o desvalorizado yuan. Em Chicago, trabalha-se pouco mais de dez minutos para se comprar um Big Mac. Em Nairobi, para levar o sanduíche até o estômago é preciso trabalhar quase três horas, mais precisamente 160 minutos.

No Brasil, o produto custa U$ 3,70, mais caro que no Reino Unido, Estados Unidos e Japão. O princípio é que os procedimentos operacionais da cadeia de fast food são os mesmos em todos os países em operação, inclusive a margem de contribuição por produto.

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