domingo, 1 de julho de 2012

Depois da bonança... a tempestade...

Blog do Refri volta no meio do tiroteio


Sem avisar a seus leitores, o Blog do Refri tirou umas férias merecidas. Mas férias – todo mundo sabe – sempre acabam. Estamos de volta. E justo agora para comentar essa polêmica envolvendo o Centro para Ciência no Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês) de um lado e a Coca-Cola do outro.

O instituto, sediado nos Estados Unidos, divulgou estudo no qual afirma que a Coca-Cola vendida no Brasil é a mais contaminada do mundo com uma substância cancerígena chamada 4-metil-imidazol. Segundo a entidade, a Coca-Cola obtida no Brasil tem 267 microgramas (mcg) de cancerígeno por 12 onças fluídas (355 ml)'. O país está em primeiro lugar em uma tabela com dez nações, seguido por Quênia, com 177 mcg, e Canadá, com 160 mcg. Nos Estados Unidos, o refrigerante leva apenas 4 mcg. Em março, o jornal Valor noticiou que um estudo feito pela agência reguladora FDA (Food and Drug Administration), apoantando que o alto nível de consumo da substância  poderia causar câncer.

Na época, Coca-Cola e PesiCo informaram que iriam alterar a fórmula nos Estados Unidos para não ter que indicar o risco da doença. A Coca-Cola Brasil disse que a bebida não faz mal à saúde e que o produto está dentro das exigências do país. Em nota, a empresa afirmou que não vai alterar a fórmula da bebida. Para mostrar a nossa imparcialidade, publicamos comunicado do fabricante enviado ao Blog do Refri:

 “A Coca-Cola Brasil esclarece que o uso de corante caramelo IV em seus produtos observa rigorosamente os critérios definidos internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e nacionalmente pela Anvisa. Assim, a quantidade de 4-MEI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana.

Em entendimento compartilhado pelas autoridades sanitárias dos EUA (FDA) e da Europa (EFSA), a Anvisa define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais e pela agência brasileira.

Alimentos e bebidas que contêm o corante caramelo são submetidos a avaliação toxicológica do Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (JECFA) desde 1972, e foram reavaliados no ano passado. Os níveis de 4-MEI encontrados em cafés, por exemplo, são maiores que os obtidos em refrigerantes, segundo a Anvisa. Apesar de os cafés não terem adição de corante caramelo, o 4-MEI pode ser formado durante a torrefação dos grãos, bem como em outros alimentos submetidos a aquecimento, inclusive no preparo caseiro.”

É fogo na fervura...

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