Pepsi toma uma atitude
Segunda maior empresa do mundo do
setor de alimentos e bebidas, a PepsiCo comprometeu-se hoje a adotar medidas
para impedir as apropriações de terras em sua cadeia de fornecimento, em
resposta a petições assinadas por mais de 272.000 pessoas, e agiu dentro do
espírito da campanha global Por Trás das Marcas da Oxfam, conclamando as
empresas de alimentos e bebidas a respeitar os direitos das comunidades à
terra.
A empresa exigiu que as
engarrafadoras do refrigerante fizessem o mesmo. A PepsiCo declarou também que
fará uma avaliação social e ambiental completa em toda a sua cadeia de
fornecimento, começando no país que é seu principal fornecedor de açúcar, o
Brasil - até o final de 2014 – seguido do México, Tailândia e Filipinas.
Além disso, a empresa divulgou publicamente, pela primeira vez, quem são seus
fornecedores e os países onde adquire óleo de palma, soja e cana de açúcar, as
três commodities que estão no centro da disputa mundial por terras.
Esse anúncio vem na esteira de
compromissos semelhantes feitos pela Coca Cola em 2013. A Associated British
Foods (ABF), outro alvo da campanha da Oxfam, criou recentemente novas
políticas comprometidas com o princípio de consentimento livre, prévio e
informado (FPIC), que visa garantir que as comunidades locais sejam consultadas
e tenham de dar seu consentimento antes da venda das terras utilizadas para a
produção de commodities. A Oxfam está conversando com a Illovo, empresa
de propriedade da ABF e maior produtora de açúcar da África, com vistas à
implementação efetiva dessa nova política.
“O poder do consumidor acaba de
se tornar um pouco mais forte”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva
da Oxfam Internacional. “A segunda maior empresa do mundo do setor de alimentos
e bebidas comprometeu-se em se empenhar para evitar as apropriações de
terras em sua cadeia de fornecimento. Os fornecedores que quiserem vender seus
insumos para a Pepsico, para a fabricação de produtos como Lays e Doritos, Gatorate
e Lipton Ice Tea, precisam agora garantir que suas terras foram adquiridas com
responsabilidade.”
“Isso jamais teria acontecido sem
que centenas de milhares de pessoas tivessem se manifestado para exigir que as
empresas respeitem os direitos das pessoas em toda a sua cadeia de
fornecimento. Nenhuma empresa é grande demais para poder ignorar os seus
clientes. Juntos poderemos transformar o setor de alimentos, se os consumidores
o exigirem.”
A Oxfam saúda o compromisso da
PepsiCo com a “tolerância zero” às apropriações de terras, inclusive
compromissos de:
1. adesão ao
princípio de Consentimento Livre, Prévio e Informado em todas as suas operações
e exigência de que seus fornecedores, inclusive os engarrafadores, façam o
mesmo;
2. publicação imediata dos três principais países de onde adquire cana de açúcar, óleo de palma e soja;
2. publicação imediata dos três principais países de onde adquire cana de açúcar, óleo de palma e soja;
3. realização e
publicação de avaliações de conduta conduzidas por terceiros em questões
sociais, ambientais e de direitos humanos, incluindo conflitos de terra – nos
quatro principais países fornecedores na América Latina e Ásia.;
4. engajamento
com governos e órgãos internacionais em apoio a práticas responsáveis com
relação aos direitos à terra; e
5. trabalho em
conjunto com os fornecedores nos casos citados no relatório da Oxfam O Gosto
Amargo do Açúcar, em busca de soluções que respondam às preocupações das
comunidades.
Como a segunda maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, a PepsiCo tem grande poder para influenciar seus fornecedores e todo o setor. Essas medidas vão melhorar a transparência e a prestação de contas na cadeia de fornecimento da empresa e ajudar a pressionar o setor alimentício por normas mais rigorosas. Como resultado desses compromissos, a PepsiCo adotará medidas preventivas melhores para evitar conflitos que expulsam os agricultores de suas terras.
Como a segunda maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, a PepsiCo tem grande poder para influenciar seus fornecedores e todo o setor. Essas medidas vão melhorar a transparência e a prestação de contas na cadeia de fornecimento da empresa e ajudar a pressionar o setor alimentício por normas mais rigorosas. Como resultado desses compromissos, a PepsiCo adotará medidas preventivas melhores para evitar conflitos que expulsam os agricultores de suas terras.
A Coca-Cola, a PepsiCo e a
Associated British Foods enfrentaram forte pressão do público para agir em
defesa dos direitos à terra. A Oxfam e seus parceiros entraram com uma
resolução das partes interessadas em novembro do ano passado para incentivar a
pressão dos investidores por uma posição da PepsiCo sobre apropriações de
terras.
“Aplaudimos essa importante
decisão da PepsiCo de declarar tolerância zero às apropriações de terras”,
disse Byanyima. “Dada a complexidade da sua cadeia de fornecimento, a empresa
merece crédito por ter feito compromissos tão ambiciosos. Vamos monitorar as
ações da empresa quanto ao cumprimento dessas promessas. Em particular,
continuaremos a atuar, juntamente com parceiros locais, em defesa de uma
resolução adequada para as comunidades do Brasil e do Camboja que continuam
lutando para recuperar os direitos que têm às suas terras. Outras empresas
devem seguir os exemplos da PepsiCo e da Coca-Cola e transformar as políticas e
práticas do setor no que se refere aos direitos à terra.”
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