Tubaína: gostinho de interior
Em 1913, o imigrante italiano
Vicente Orlando criou em Piracicaba o que seria no futuro uma das bebidas mais
tradicionais no interior do país: a Etubaína Orlando, que existe até hoje. “Meu
avô começou com uma pequena fábrica de cervejas. Um ano depois ele partiu para
o refrigerante e veio a gengibirra, que é um refrigerante local”, conta o neto,
Renato Orlando.
O neto do fundador trabalha com
os filhos Eduardo e Maria Elisa, quarta geração do Grupo Orlando. O memorial do
pioneiro tem objetos de época, livros com contabilidade e receitas. Da década
de 20 ficaram as essências de frutas importadas de Manchester, na Inglaterra.
Apesar de o consumo de
refrigerantes ter crescido 24% nos últimos 15 anos, as grandes marcas se
aproveitaram da força econômica para ganhar mais espaço. Hoje são donas de 90%
do mercado nacional.
Com tantos interesses em jogo, os
refrigerantes regionais se tornaram sobreviventes no mercado, com as exceções
de praxe. A quase centenária Orlando comemora aumento de 15% nas vendas. Hoje a
produção é terceirizada e a distribuição está sob controle da família.
O sabor mais doce e variado marca
a diferença entre as tubaínas e os refrigerantes convencionais. E o segredo de
cada fabricante esta na dosagem das essências.
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