Mão de obra “escrava” nas lavouras americanas
Tem jornalista que adora manchetes escandalosas para atrair os leitores. É o caso do título acima. Na verdade, o que acontece na terra de Barack Obama é que as universidades, o setor privado e as ONGs (que nos Estados Unidos estão acima de qualquer suspeita) estão empenhados em restaurar os habitats naturais de insetos polinizadores em três estados onde há registro de queda de sua população – sobretudo de abelhas – por causa do uso de agrotóxicos.
Segundo matéria de Bettina Barros, do Valor, a polinização é vital para a qualidade das lavouras. Um em cada três alimentos consumidos pelo homem é resultante deste serviço ambiental prestado pelos insetos. Mais de cem culturas norte-americanas dependem das abelhas e outros insetos polinizadores para se desenvolver. O “Programa Polinizador” vai atuar na California – grande produtora de melões -, na Flórida e em Michigan – produtor de mirtilos (blueberries). Melões e mirtilos são usados na produção de sucos.
Curiosamente, o projeto é uma iniciativa de uma das maiores empresas de agrotóxicos – a Syngenta – e tem o objetivo de restaurar dez mil hectares até 2015. Somente na California, 1,5 milhão de abelhas vão fazer o serviço. É mão de obra gratuita e de grande valor ambiental. Outros polinizadores são: besouros, borboletas, mariposas, moscas e vespas.
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