Cachaça paga menos imposto que água mineral
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 65% das internações hospitalares ocorrem pelo consumo de água de má qualidade. No Brasil, o atraso dos projetos de saneamento básico leva ao Congresso a proposta para retirar os impostos da cadeia de exploração da água mineral, devolvendo ao produto o status de item básico de consumo. Nossos queridos parlamentares querem a redução da carga tributária a fim de popularizar o produto e incluí-lo na cesta básica no âmbito dos governos estaduais. Assim, os impostos cairiam para 7% - que incidem sobre artigos de primeira necessidade. Emenda parlamentar propõe até alíquota zero para as embalagens de 1,5 e 20 litros.
Na década de 90, a água mineral foi enquadrada como bebida – na categoria das bebidas não-alcoólicas – e, a partir de então, passou a pagar impostos de 42,7%. Isso representa mais imposto do que paga a nossa querida cachaça (12%) – a água que passarinho não bebe. A alteração na carga tributária sobre a água mineral resultaria numa renúncia fiscal de R$ 160 milhões anuais. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam), a retirada dos impostos baixaria em 50% o preço deste produto de primeiríssima necessidade.
Se o preço cair será ótimo. Mas como tem tantos políticos envolvidos nessa questão, a gente fica logo desconfiado que eles estejam a serviço das empresas – algumas delas, multinacionais. Vai que o preço do produto não cai um centavo...
Livros que contam os bastidores da Coca-Cola
Vai ser lançado no Brasil, pela Editora Prumo, o livro “Inside Coca-Cola””(Por dentro da Coca-Cola). Nas páginas, o ex-CEO da companhia, Neville Isdell contará os bastidores de seus mais de 30 anos na empresa. “Inside Coca-Cola””chega às livrarias dos Estados Unidos em novembro e a versão em português deve estar nas prateleiras brasileiras em março.
Esta não é a primeira obra que conta as intimidades de uma grande empresa como a Coca-Cola. Em 1995, o administrador de empresas Antonio Carlos Vidigal publicou “Emoção pra valer – os bastidores de uma franquia”, pela Editora Rocco. Na 158 páginas, ele conta como comprou a Rio de Janeiro Refrescos – fabricante de Coca-Cola no estado – e como a vendeu, oito anos depois, pelo dobro do preço. No livro, Vidigal narra as dificuldades de um grande empresário, enfrentando a burocracia do Estado, pressão de bancos, corrupção política e, claro, o difícil relacionamento com um gigante multinacional.
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