segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A lata que transforma e dá emprego e o supermercado que discrimina seus clientes

Brasil: campeão mundial de reciclagem

O Brasil tem o maior índice de reciclagem do mundo. De cada 100 latas descartadas, 98 voltam à cadeia de produção. O mais interessante é que o material reciclado pode ser utilizado em diferentes setores como o de automóveis ou mesmo siderurgia. A alta do alumínio no mercado mundial permitiu que o valor pago ao catador pelo quilo da sucata (75 latinhas) subisse de R$ 1,70 para R$ 2,50 ao longo de 2010.

Segundo matéria da colega Luciana Seabra para o jornal Valor, o preço final pago pela indústria aos intermediários chegou a R$ 3,25 o quilo. Dados do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) estimam que o país tenha um milhão de catadores que ganham, em média, de um a um e meio salário mínimo.

Racismo no mercado de Abílio Diniz

A polícia de São Paulo investiga um caso de racismo contra um menino de 10 anos no interior do Hipermercado Extra da Marginal do Tietê, na Penha, zona leste da capital. Mesmo tendo pagado R$ 14,65 por dois pacotes de salgadinhos, dois pacotes de biscoitos e um refrigerante – e apresentado a nota fiscal – ele foi acusado de furto na saída do supermercado, no último dia 13, e levado por três seguranças para uma sala reservada onde foi ameaçado com um canivete, chamado de "negrinho sujo e fedido" e obrigado a tirar a roupa. Ele não havia furtado nada.

O supermercado, de propriedade de Abílio Diniz – veja a foto – nega que tenha havido racismo. Se não é racista, o Grupo Pão de Açúcar tem preconceito social – o que ainda é pior para uma empresa que lida com clientes de diferentes classes socioeconômicas. Essa história é de virar o estômago.



2 comentários:

  1. Mas como sempre a sociedade vê uma barbaridade dessa acontecer e continua amorfa, alienada, nada faz para reverter a situação. O Extra merecia um boicote.
    Ludka Abdalla.

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  2. Pra vc ver, Ludka
    Eu boicoto o Guanabara - um supermercado do Rio que adora engarrafar a cidade. Nunca fui lá

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