quarta-feira, 18 de julho de 2018
Zona Franca: Senado mantém benefícios e isenções à indústria de refrigerantes na Amazônia
O
senhores senadores aprovaram proposta que revoga
decreto do Governo e mantém benefícios tributários para a indústria de
refrigerantes na Zona Franca de Manaus -
com a garantia de uma renúncia fiscal de R$ 3,8 bilhões por ano no Orçamento da
União para os produtores de refrigerantes – Ambev e Coca-Cola - ali instalados. Assim, a mais pobre região do país perderá R$ 13,5 bilhões em tributos
advindos de dois fabricantes em escala mundial.
O mais curioso e estranho nesse episódio está sendo a grande euforia da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). “Comemoro nossa grande vitória,
vitória do Brasil”, celebrou a comunista, que comandou a derrubada da decisão
do que chama de “governo golpista” de Michel Temer de cortar R$ 1,6 bilhão em benesses estatais a
empresas multinacionais privadas, para usar o dinheiro em subsídios ao preço do
diesel da Petrobras.
O colunista José
Casado, de O Globo, publicou o artigo “Uma
fraude amazônica” para denunciar que 3.348 empresas instaladas no Amazonas
simulam negócios para obter lucro com os benefícios fiscais. Os partidos de
esquerda PT e PCdoB teriam rachado nesse processo.
A decisão
do governo de suspender os benefícios aos refrigerantes deflagrou um intenso
lobby do setor junto à equipe econômica para tentar reverter a medida. Enquanto
isso, a bancada do Amazonas, que não quer perder o apoio da indústria de
bebidas na Zona Franca de Manaus em pleno ano eleitoral, articulou um projeto
de decreto legislativo para revogar a iniciativa do Poder Executivo.
Com
informações de O Antagonista, Veja e Agência Estado
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