Empregos em risco!
A empresa de refrigerantes Dolly entrou com um pedido de recuperação na
2ª Vara de Recuperações Judiciais, na justiça paulista. Sem poder operar as
próprias contas bancárias, a empresa não está conseguindo cumprir seus
compromissos. Esta foi a única forma que restou para impedir a falência imposta
pela Justiça Federal de São Bernardo do Campo, informou a assessoria de
imprensa nesta quarta-feira (27).
O anúncio de recuperação ocorre pouco mais de uma semana após o fechamento
de uma de suas três fábricas, localizada na cidade de Tatuí, no interior de São
Paulo. A unidade empregava 700 funcionários, de um total de dois mil
trabalhadores. As operações nas unidades de São Bernardo do Campo e Diadema
permanecem funcionando.
O motivo para o fechamento da fábrica é a impossibilidade de acessar o
caixa da empresa. A Justiça bloqueou as contas bancárias relacionadas à empresa
e ao empresário Laerte Codonho, dono da Dolly. Ele teve prisão preventiva
decretada em maio como decorrência de uma ação conjunta entre o Ministério
Público do Estado de São Paulo, a Procuradoria da Fazenda e a polícia. As
autoridades justificaram a prisão para evitar a destruição de provas.
Em maio deste ano, Codonho passou oito dias preso temporariamente no 77º
DP (Distrito Policial) de Santa Cecília, região central de São Paulo. O
executivo é suspeito dos crimes de fraude fiscal continuada, sonegação, lavagem
de dinheiro e formação de organização criminosa. Investigadores estimam que as
fraudes praticadas pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao
longo de 20 anos.
Conhecido por criticar abertamente a Coca-Cola, fabricante de
refrigerantes que lidera o mercado do país, ele aproveitou o momento em que era
conduzido à delegacia para mostrar às câmeras um cartaz com os dizeres
"Preso pela Coca-Cola".
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