Sem avisar a seus
leitores, o Blog do Refri tirou umas férias merecidas. Mas férias – todo mundo
sabe – sempre acabam. Estamos de volta. E justo agora para comentar essa
polêmica envolvendo o Centro para Ciência no Interesse Público (CSPI, na sigla
em inglês) de um lado e a Coca-Cola do outro.
O instituto, sediado nos Estados Unidos, divulgou estudo no qual afirma que a Coca-Cola vendida no Brasil é a mais contaminada do mundo com uma substância cancerígena chamada 4-metil-imidazol. Segundo a entidade, a Coca-Cola obtida no Brasil tem 267 microgramas (mcg) de cancerígeno por 12 onças fluídas (355 ml)'. O país está em primeiro lugar em uma tabela com dez nações, seguido por Quênia, com 177 mcg, e Canadá, com 160 mcg. Nos Estados Unidos, o refrigerante leva apenas 4 mcg. Em março, o jornal Valor noticiou que um estudo feito pela agência reguladora FDA (Food and Drug Administration), apoantando que o alto nível de consumo da substância poderia causar câncer.
Na época, Coca-Cola e PesiCo informaram que iriam alterar a fórmula nos Estados Unidos para não ter que indicar o risco da doença. A Coca-Cola Brasil disse que a bebida não faz mal à saúde e que o produto está dentro das exigências do país. Em nota, a empresa afirmou que não vai alterar a fórmula da bebida. Para mostrar a nossa imparcialidade, publicamos comunicado do fabricante enviado ao Blog do Refri:
“A Coca-Cola Brasil esclarece que o uso de
corante caramelo IV em seus produtos observa rigorosamente os critérios
definidos internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e
nacionalmente pela Anvisa. Assim, a quantidade de 4-MEI ingerida pelo consumo
de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde
humana.
Em entendimento
compartilhado pelas autoridades sanitárias dos EUA (FDA) e da Europa (EFSA), a
Anvisa define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de
refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites
estabelecidos pelos comitês científicos internacionais e pela agência
brasileira.
Alimentos e bebidas
que contêm o corante caramelo são submetidos a avaliação toxicológica do Comitê
de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização das Nações Unidas para
Alimentos e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde (JECFA) desde
1972, e foram reavaliados no ano passado. Os níveis de 4-MEI encontrados em
cafés, por exemplo, são maiores que os obtidos em refrigerantes, segundo a
Anvisa. Apesar de os cafés não terem adição de corante caramelo, o 4-MEI pode
ser formado durante a torrefação dos grãos, bem como em outros alimentos
submetidos a aquecimento, inclusive no preparo caseiro.”
É
fogo na fervura...
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