quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Cini quer emenda aprovada para salvar segmento


Gosto doce, assunto amargo

Recentemente, foi aprovada com facilidade pela Câmara dos Deputados do Paraná uma emenda parlamentar, apresentada pelo deputado Guto Silva, que concede um crédito presumido de forma que a carga tributária final para empresas que industrializam bebidas no estado do Paraná seja de 12%. Agora, a indústria de refrigerantes cobra bom senso do governador Beto Richa, que precisa sancionar a emenda à Lei Orgânica de ICMS do Paraná.

No total, existem mais de quinze indústrias de refrigerantes no Paraná, empresas que arrecadam anualmente milhões em ICMS e empregam milhares pessoas. Nos últimos anos, as empresas têm reclamado da desigualdade mercadológica e da falta de isonomia tributária perante as multinacionais, o que contribui muito para o avanço da concentração de mercado.

“A emenda aprovada pela Câmara é a salvação para o nosso segmento e agradecemos muito aos deputados, que estudaram a situação e perceberam que a demanda solicitada teve base de sustentação e argumentos mais que suficientes para assim deliberarem.  Há limites de volumes estabelecidos na proposta, desta forma ela vai beneficiar micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais sofreram nos últimos anos, tanto que muitas delas já pararam de produzir, encerrando suas atividades. O cenário atual é muito desolador, e se prevê para os próximos anos o fechamento de mais empresas genuinamente paranaenses, que fazem parte da história do nosso Paraná. É importante lembrar que estas empresas não representem o maior faturamento do setor, mas com certeza elas geram muito mais empregos por litro produzido”, explica Nilo Cini Jr., presidente do Sindicato Patronal das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindibebidas).

De acordo com o sindicato, as empresas são bem distribuídas no Paraná, gerando emprego e renda em suas microrregiões, além de fazerem parte da comunidade local e da história de suas cidades. “Mais do que uma simples relação comercial, essas empresas têm uma relação muito grande com a história das pessoas, com as memórias da infância e da família, e, obviamente, são ligadas diretamente com momentos felizes. Além desse aspecto sentimental, se o governador Beto Richa sancionar a emenda, as indústrias poderão manter o nível de emprego e, muito provavelmente, incrementar o nível de investimento, fazendo com que a economia local cresça, gerando renda também para o estado”, detalha. 

Para o presidente da Sindibebidas, os deputados entenderam que é necessário discutir o assunto que se tornou fundamental para a manutenção de um segmento de extrema importância para o Paraná, e por esse motivo a emenda foi aprovada com facilidade, com 38 votos favoráveis e apenas 4 contrários. "Não estamos pedindo nada além do que direitos fiscais parecidos com os das grandes multinacionais. O Governo do Paraná precisa valorizar o nosso segmento e, principalmente, os milhares de empregos que geramos em todas as regiões do Estado. É necessário que o Governador entenda que com o incentivo poderemos manter nossos preços, implementando nossa atuação e gerando mais empregos já a partir do dia 01 de janeiro de 2017”, completa Nilo.

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